VRVS - Virtual Rooms Videoconferencing System

José Aristides Timbó Catunda.
Universidade Estadual do Ceará.

O Virtual Rooms Videoconferencing System (VRVS) é um sistema de videoconferência criado pela CalTech (California Institute of Technology) em parceria com o CERN (European Organization for Nuclear Research). São salas virtuais conectadas a refletores que disponibilizam os serviços de videoconferência e trabalho colaborativo baseado em equipamentos de baixo custo e pequena largura de banda. Este sistema foi aperfeiçoado em 2006 que passou a se chamar de EVO (Enabling Virtual Organizations) com o intuito de aumentar sua infra-estrutura, aumentar a fiabilidade e eficiência.

Atualmente o EVO é o sistema mais usado pela comunidade científica e redes acadêmicas de todo o mundo. Conta com 30494 usuários registrados em 151 países e 123 refletores instalados em 41 países. No Brasil contamos com três refletores que estão sediados na USP (RNP), UFRGS e UFRJ. Em Natal existe um refletor de backup da RNP.

A plataforma VRVS é composta de dois componentes principais que são: servidor central web e rede mundial de refletores.

A figura 3.9 mostra a página inicial do servidor central web onde é possível escolher entre os vários idiomas existentes, fazer o registro de usuário, visualizar o perfil de usuário, iniciar uma sessão de videoconferência e através do link monitor, visualizar as ligações existentes entre os refletores. Existem também links de ajuda e informações sobre o sistema. A página do EVO pode ser acessada através do link: http://evo.caltech.edu/evoGate/.

De acordo com a FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional) a rede mundial de refletores é controlada e monitorada pelo serviço de monitorização MonALISA que foi adaptado e integrado nos refletores do VRVS. Através de uma arvore de conectividade, o MonALISA, calcula dinamicamente o melhor caminho para a transmissão de streams de videoconferência. Os agentes MonALISA fornecem informações para o cálculo do Minimal Spaning Tree (MST), avaliam o Round Trip Time, o Jitter e porcentagem de pacotes perdidos. (FCCN).

As figuras 3.10, 3.11 e 3.12 são imagens capturadas do MonALISA e mostram respectivamente: a árvore de conexão entre os refletores, o gráfico de saída de dados na placa de redes do cluster cliente e a comunicação entre os refletores mundiais.

Um refletor é um host que interconecta cada usuário a uma Sala Virtual por um túnel de IP permanente. Os refletores e seus links formam um conjunto de sub-redes nos quais áudio, vídeo ou dados fluem. O uso da tecnologia dos refletores permite ao sistema ser altamente extensível e afirma a qualidade necessária para a transmissão de videoconferência. Participantes de vários locais juntam-se a videoconferências (em uma ou várias salas virtuais) contactando o refletor “mais próximo” (COOKBOOK, 2005).

Figura – 3.9 – página inicial do EVO.

Figura – 3.10 – imagem capturada do MonALISA mostrando a árvore de conexão entre os refletores.

Figura – 3.11 – imagem capturada do MonALISA mostrando o gráfico de saída de dados na placa de redes do cluster cliente.

Figura – 3.12 – imagem capturada do MonALISA mostrando a comunicação entre os refletores mundiais.

Os componentes usados no EVO são batizados com nomes de animais e são os seguintes: (FERNANDES, 2006).

• Canguru - jump da base de dados a todos os usuários disponíveis (redundantes);
• Panda – são os refletores;
• Koala – são os clientes.

O EVO utiliza agentes moveis especializados no lado do cliente (KOALA) baseados em Java (parte integrante da distribuição MonAlisa). Estes agentes são responsáveis por encontrar refletores ativos (Panda) considerados ótimos para associar ao cliente. Os refletores candidatos são escolhidos com base na proximidade dentro da rede (Servidores Panda na mesma rede, região ou país) e também tendo em conta o “load” e o número de clientes que se encontram ligados nos respectivos refletores. (FCCN).

No EVO é possível criar salas virtuais para reuniões, palestras, debates, workshop e até mesmo transmitir aulas na educação à distância como pode ser visto na figura 3.16 uma apresentação em PowerPoint do “Workshop on virtualization and multi-core tecnologies”.

Nos testes realizados, o EVO mostrou-se bastante eficiente e com boa qualidade de áudio e vídeo, mas essa qualidade depende da conexão e do hardware utilizado pelo cliente. As figuras 3.13, 3.14, 3.15 e 3.16 mostram imagens dos testes realizados num computador com processador AMD Atholn XP 1.6 GHz, 2 GB de RAM e uma webcam de 1.3 MegaPixels numa conexão ADSL com largura de banda de 1Mbps.
A tabela 3.5 apresenta a avaliação da plataforma EVO de acordo com os parâmetros definidos.

Tabela – 3.5 – avaliação do EVO

Figura – 3.13 – interface do EVO numa comunicação com o uso do quadro branco numa sala criada para teste com o nome CENTEC.

Figura – 3.14 – interface do EVO numa comunicação de vídeo, voz e chat.

Figura – 3.15 – interface do EVO numa comunicação com a sala de testes da equipe do EVO.

Figura – 3.16 – interface do EVO na transmissão do “Workshop on virtualization and multi-core tecnologies” para dez usuários.

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